(This poem has traveled the world and been translated into over ten languages)
(Este poema já rodou o mundo e foi traduzido em mais de dez idiomas)
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Se eu tivesse o dom De nunca esperar o raiar do dia E contar no céu estrelas cadentes Como se fossem espaçonaves Aterrissando em gotículas Nas noites;
Se eu tivesse o dom De ser mais veloz que a luz, Em câmera lenta Passearia sobre as campinas Como um pirilampo Pousando aqui, ali Rumando incerto Em alegres toques Que não sinto Mas que sinto num sonhar Seu invisível toque;
Se eu tivesse o dom De antever o presente Da felicidade Que sempre esteve ausente Quem sabe Eu não mais sonharia Com um Universo paralelo E uma fuga dormente Fantástica De ter na fuga Uma fantasia como semente;
Se eu tivesse o dom Ainda De jogar meus rascunhos fora E reescrever mil metáforas Quem sabe O futuro me aguardasse E me desse de presente O passado Em que livre sendo criança O mal não povoasse minha mente;
Se eu tivesse o dom De ainda Esperar De ser mais veloz que a luz E pousar em qualquer lugar E antever o presente E escrever mil metáforas Quem sabe...
Quem sabe Eu teria - de novo - O dom de sonhar... Quem sabe Eu aspirasse o odor pueril Das manhãs E ficasse desesperado Pra contar a todos Que vagam como pirilampos Quão belo é o despertar.
(Rehgge, 1/4/09)
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