... 21:30 ...

Data 10/05/2017 12:16:52 | Tópico: Poemas

Fatalmente,
trago na minha memória
o tempo em que me eras
sendo tua também.

Nesse tempo
não existiam números
nos ponteiros do relógio
e numa espécie de cálculo infalível
da Fome que tinha em te Ver,
em estar nos teus braços,
envolvida na tua boca quente,
sabia que seriam perto das 21h30.
Mesmo assim,
prevenias sempre os meus anseios,
doando-me palavras,
sempre que a tua chegada à minha porta
estava para acontecer.


E ali estava eu,
atrás do "muro" que nos isolava
do que pouco importava
porque o mundo de cá,
tinha mais Vida, mais Sensações.

Ali estava eu,
com o coração aos pulos.
Desejosa em te olhar
e ouvir-te dizer baixinho,
com aquele tom de voz cativante,
tão teu:

-" Olá!"


E os meus braços
eram teus braços.
E o meu corpo fundia-se no teu,
diluindo-se ali,
numa fracção de segundos,
eternamente.


Sei que, partículas do nosso Amor
ainda pairam no ar.
Uma vezes vão para o teu lado,
outras regressam ao meu.
Mantêm vivo esse momento
onde sei que há muito,
o meu melhor lado,
morreu!





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=323412