Poupar-me?
Data 15/05/2017 19:47:56 | Tópico: Poemas
| Como seria me poupar quando o que mais o meu espírito anseia é expandir-se? Como seria essa medida justa, ajustada à conveniência métrica, ascéticaestética? Dessa que não transborda, não compromete, não incomoda e nem emociona?
Espírito, alma, essas coisas têm coleira? São amestráveis, dulcificáveis? A minha, não. Ela jorra, ela espirra.... Faz birra de não querer obedecer a ninguém. Nem ao próprio dono! Mas neste jogo, quem é o dono de quem?
Tinha cá prá mim que me assenhoreara há muito dos destinos dessa escrita. Que erro crasso! Que graça o traço deste engano. A palavra escorre, transcorre, vai na frente – e aos meus dedos, só lhes resta perseguir.
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