DENTRO DA TARDE
Data 19/05/2017 20:41:26 | Tópico: Poemas
| A tarde seca e fria, de maio, do cerrado Cheia de melancolia, deita o fim do dia Sobre cabelos de fogo tão encarnado Do horizonte, numa impetuosa poesia A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
O mistério, o silêncio partido pelo vento No seu recolhimento de um entardecer Sonolento no enturvar que desce lento Do céu imenso, aveludado a esbater No entardecer, seco, frio e, sedento
Perfumado de cheiro e encantamento Numa carícia afogueada e de desejo Seca e fria, a tarde, tal um sacramento Se põe numa cadência de um realejo Numa unção de vida, farto de portento
© Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2017, maio Cerrado goiano
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