
ATÉ BREVE...
Data 23/05/2017 12:41:30 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| São Paulo, treze de Novembro de mil novecentos e setenta... É manhã...Lá fora cantam de forma tão barulhenta os passarinhos...e o dia começa lentamente a sua rotina!... É manhã...Tudo é igual aos outros dias, somente eu fiquei parado no tempo (para mim não amanheceu) a perguntar o por que de tua partida repentina!...
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É manhã...Abro a janela e o quarto é invadido pelo vento; como ele, repleto de incertezas voa, voa meu pensamento repleto de lembranças; bate, bate meu coração que se acelera!... É manhã...Vozes lá fora que se confundem, ruídos; um anseio no coração, faz com que a tudo eu fique alheio; e assim será até que se finde de teu regresso a espera...
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... até quando o cantar dos pássaros um dia trouxer alento à minha vida; pois nem mesmo o perfume sequer que o vento que invade o quarto, traz; sentir eu consigo!... Sabes bem que eu te amo e o quanto este amor me envolve; arranca-me o coração mas por favor me devolve a outra parte de mim que ontem levaste contigo!...
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É manhã...e tudo em volta, em só tristeza se resume!... Voa pra longe pensamento, chora coração num só queixume!... E assim será (até não sei quando) do meu viver a rotina!... Eu sei que também me amas...porém, por mais que me ronde a felicidade deste amor; peço-te por favor me responde à minha pergunta; ao por que desta partida repentina...
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São Paulo, treze de Novembro de mil novecentos e setenta... É manhã...lá fora cai a chuva; cá dentro, do chuveiro a barulhenta água...É um novo dia!...Chorar assim...quem se atreve?... Eu!...pois para mim não vejo algum entusiasmo porquê ontem me deste o melhor de ti; último orgasmo; depois partiste, dizendo apenas: ATÉ BREVE!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)
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