Sem Sentido

Data 27/05/2017 16:57:42 | Tópico: Poemas -> Amor

Sem Sentido

Durmo nesta tua cama
inconsequente entre desejos sem sentidos,
faço como aquela que ama o bandido

e que esconde entre os seios o perigo.
São confusas palavras insonsas
que choram feito moscas sem gosto
com seus corpos desmembrados e tensos
que escondem o rosto.

Porque toda esta violência não demora,
esta dentro e não esta fora. Fora existe
apenas os pedaços deste poema que eu faço
sentado na minha poltrona, fora existe
também a inexistência do teu
regaço, e deste amor que desmorona.

Que o vinho sobre a mesa não me tire a
clareza desta minha aventura humana e da
desventura desta imprecisão. Resta-me apenas
o deserto árido da minha alma e da fonte seca
do meu coração
e esta garrafa de vinho como sangue em minhas mãos.

Alexandre Montalvan



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