sempre existiram poemas de amor

Data 28/05/2017 05:32:28 | Tópico: Poemas

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… quando
lábios se tocam como remos na água

cessam ânsias
antes redivivas. Afinal

sempre existiram poemas de amor

onde

as vozes por perto
indecifráveis

se calam

ruem

pelo buraco absurdo com que raios
ainda tenros
amiúde

se extinguem. Sei disso.

Olha as papoulas que rodopiam
enquanto o vento uiva

na tua boca alvoraçada. Onde começa a cegueira?



[se me perguntares qual o significado do que transporto dentro e que liberto aqui
neste momento
longe de mim
responderei que
o silêncio é a forma mais capaz de nos entendermos contra o caos que não controlamos mas que tentamos delimitar. O nosso.]





(Ricardo Pocinho – O Transversal)




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