Saudade

Data 03/06/2017 21:49:36 | Tópico: Poemas



Não sei o que foi de mim,
por que ficou esta dor,
por que outrora essa luz vi
com tão mágico esplendor.

Fica um eco tão distante
que a distancia nunca mata,
que nesta vida minguante
este meu pranto desata.

Não bebo para esquecer
pois nunca vence o olvido,
vivo pra comemorar
a luz dum mundo perdido.

Sou um fantasma entre a gente,
entre as estrelas e o mar,
que sempre arrasta a corrente
de não poder regressar.

* * * *

Ya no sé qué fue de mí,
por qué quedó este dolor,
por qué otrora esa luz vi
con tan mágico esplendor.

Hoy queda un eco distante
que la distancia no mata
y esta mi vida menguante
que este llanto me desata.

No bebo para olvidar
porque nada olvidar quiero
vivo para contemplar
el rastro de aquel sendero.

Camino cual alma en pena
por entre el bosque perdido,
arrastrando la cadena
de quererlo revivido.





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