MUSA DE PEDRA

Data 16/03/2008 00:03:17 | Tópico: Sonetos

Dedilhada por acordes bentos de saudade,
Que se ouvem já calados,inconsistentes...
Pelo amor fugaz, fel impertinente
A romper as veias da poesia d'idade!

Que não perdoa o tempo...amordaça
Como correntes picantes que cortam o seio
E à pele, o viço roto, morto e creio;
Que a musa pétrea é a estrela que a vidraça...

Quebrou em partículas de amor,
O lume dos olhos, o coração penou,
Mais que o vulcão eruptivo, doente...

Que vulcanizou por lava o sentimento
E matou o doce, compulsivo alento
Que a musa cultivava como semente!

(Ledalge,2008)


PS: agradeço muito a todos os amigos poetas que leram meus textos e os comentaram. Não estarei postando com tanta constância, mas sempre que puder, aqui virei publicar e interagir.Deixo aqui meu carinho e gratidão.


Núria Carla Figueiredo Silva




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=32460