RODEIO DO TEMPO (soneto)
Data 01/07/2017 23:54:12 | Tópico: Sonetos
| Sinto o vento áspero que repousa em mim Na noite do cerrado, entre o céu e o chão Bafejado do horizonte, imbuído na emoção Desfolhando a poesia enroladas em cetim
Sinto o solfejo do inverno de julho, então Me cubro com a brisa de sonho carmim Corrompendo o fado, e erguendo jardim Criando quimeras no alquebrado coração
Meu corpo é alado tal ficção de folhetim Dessangrando nas saudades de paixão Suspirando os reveses deixados no fim
Fecho os olhos e me vejo na imensidão Da captura, breve, tal ledices de festim Deste rodeio do tempo, cheios de ilusão
© Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2017, junho Cerrado goiano
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