NOS VEM DA FALSA MORAL

Data 19/07/2017 13:33:59 | Tópico: Textos

MODELO POÉTICO, CORDEL EM OITAVAS

Cada ser com seu caráter
Isto é fato consumado
Ninguém é igual a outro(a)
Já está bom comprovado
Mas nada é descomunal
Se a sociedade consome
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Alguns prezam a castidade
Outros gostam da putaria
Sem demônio ou santidade
Cada um com sua agonia
Mas o respeito essencial
A humanidade consome
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Tem prostitutas honestas
E noviças depravadas
A porta que detém frestas
Por vezes é utilizada
Para olhar-se o arsenal
Antes que este detone
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Muitas vezes na estrada
Nossa mão é invertida
Para dar vazão ao outro
Carregado de feridas
Mas tudo nos é global
Até o crime hediondo
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Quando enredo um assunto
Não faço para afrontar
Apenas para demonstrar
O jeito do transeunte
Mas vem um ente fatal
E ao recanto constrange
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Um poema censurado
Bate de morte no autor
Este se sente castrado
Amarga tremenda dor
Mas eu tenho cabedal
Que nem o diabo consome
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Vou pautando minha escrita
Com muita fé e vontade
Mas esta coisa restrita
Em nome da sociedade
Me faz pensar muito mal
De quem deseja ser monge
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

O recanto me acusou
De escrever pornografia
Dizendo que eu violei
O regimento em dia
E o meu pedido final
É que respeitem meu nome
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

As carolas de plantão
Ou os machos mais sensíveis
Procurem um seminário
E leiam ao catecismo
Deixem as leituras normais
Para quem estas consomem
Nos vem da falsa moral
A derrocada do Homem.

Este texto retrata meu desconforto com a atitude do recanto de deletar um poema meu de conteúdo erótico, alegando conter pornografia em seu âmago, certamente alguém representou uma queixa.
MJ.

Enviado por Miguel Jacó em 19/07/2017
Código do texto: T6058768
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