ARTE MORTA

Data 17/03/2008 16:55:06 | Tópico: Sonetos

O meu olhar, focado em artifício
Rubra cor, aparente meretrício
Às frias mãos num sangue jorrou
Ao peito aberto, ferida fincou...

A dor que arde por chamas mortas
Afinca os beijos, na solidão das portas
Quiçá os medos, sumissem num rompante
Eu vejo o adeus, num vulto nesse instante!

A arte morta em cinzas dos marasmos
Eu nutro o éter nas veias dos espasmos!
E quero arder à perene madrugada...

Crendo que fiz a escolha acertada
Não quero mais a arte pra viver
Vivo do mundo, que habita o meu ser!

(Ledalge,2008)



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=32608