
VINTE E TRÊS DE JULHO
Data 23/07/2017 10:44:42 | Tópico: Prosas Poéticas
| VINTE E SETE DE JULHO
Antes do sol nascer, -- tal-qual Anchieta em Iperoig -- um longo poema na areia da praia eu escrevi por escrever.
Talvez Deus visse e gostasse de novos louvores à virtude de Sua Mãe.
Talvez me distraísse refundando uma tradição literária, no Novo Mundo.
Talvez estivesse cansado de guerras, trabalhos, viagens... E essas coisas mundanas com que se cansam os homens d'aquem-mar e d'além-mar.
Talvez...
O facto é que escrevia enquanto o horizonte estava pálido e as ondas quebravam nos costões.
Nossa Senhora, dadivosa, Cujas mãos liberais sempre franqueando as graças que o Pai, o Filho mais o Espírito Santo, via de regra, têm negado aos homens de boa vontade...
Sim, por suposto:
A saúde do corpo e d'alma... O bom-sussesso das armas contra os maus... A verdade útil de nossas artes e ofícios.
Enfim, vida. Vida em abundância!...
Minha Nossa Senhora! Aceita-me os versos escritos na areia e m'os imprime no coração dos homens. Para que, à maneira de Anchieta, continuemos a poetar n'estas terras de Santa Cruz.
Amém nós todos...
Ubatuba - 23 07 2017
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