artesã noctívaga

Data 29/07/2017 10:48:47 | Tópico: Poemas







no latejo da noite, o fôlego na hera das letras
tece númeno da razão de Deus e da alma
e nas linhas como alicerces, ergue o desejo da mão
para inseguramente urdir sílabas
na folha silente ao encontro do tempo.
Na ferocidade da mão estremece a raiz do sangue
pondo em palavras a imprecisão do pensamento,
o fúlgido do voo da ave, o arrojo da eterna inquietação,
a prece da loucura por estar à beira da emoção,
Na intimidade dos versos deixa a rima
das pétalas de malmequer
e no poema a harpa e as colcheias de prata.












Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=326395