pelas orlas dos labirínticos vales selvagens

Data 30/07/2017 06:42:07 | Tópico: Poemas

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… num longo adeus desenraizado
pelos idos de julho
retêm-se
em estado geral de graça
sementes de papoulas
antecedendo eternidades. Enlouquecem as visões

pelas orlas dos labirínticos vales selvagens
ainda em cor de mel
quando nossas mãos flutuam

sôfregas

repetindo até à exaustão
toques antes desconhecidos
de um para o outro. Efêmeras as nossas excitações.

Dos uivos que restam
ou das asas atrapalhando destinos
sem recomeços por perto

inconscientes
regressamos
sem pressas. Tu sabes bem

inacabados. Imanências

atemporais.


(Ricardo Pocinho – O Transversal)






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