IMprovisos sob Crystal

Data 17/03/2008 23:34:13 | Tópico: Prosas Poéticas

A vida arranha-me por dentro. Sinto os dentes do ferrugento garfo esmiuçando o meu tilitante cérebro. Lágrimas rubras mancham o meu incrédulo sorriso. Páro para sentir. A dor embala-me nos seus doces braços e peço por mais. Puxo os meus cabelos até sentir a cabeça ganhar volume e dentro de mim tudo ganha novas cores.
Olho o que me rodeia e sinto tudo mais belo que nunca. Apesar da dor e do terror tudo corre segundo plano nenhum. E assim deve continuar. Apenas dependemos do nosso próximo erro para sermos felizes.
Do alto da nossa sagrada pirâmide é tão fácil mandar pedras que os braços acabaram por nos murchar no tronco e hoje parecemos árvores que morerram de pé.
Os gritos dela levam-me onde nunca quis ir...e choro, choro como sempre quis chorar. Sentindo dores que não são minhas esqueço-me de quem fui e torno a nascer.Mais EU que nunca e buscando a próxima boa causa por que morrer.



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