calendas
Data 06/08/2017 03:39:06 | Tópico: Poemas
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… repito a palavra como a força do trovão
sem rever imagens que ela transporta mais de duas miríades de vezes
nascem tal cogumelos selvagens quando a noite se põe a sul pelo raiar incompleto de longínquas luas
outras as nuvens escondem-nas sem piedade apenas aguardando o momento da nossa distração
oh l’amour!
I
ouço-te repetir ansiedades olhas o infinito mas aproximas-te sempre
demasiadamente perto. À beira do precipício
deste silêncio que se faz.
II
Tudo gira até todos aqueles momentos
de um para o outro. Sem fim.
([primeiro texto da trilogia “oh l’amour”]
(Ricardo Pocinho – O Transversal)
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