INSÍDIA

Data 14/08/2017 21:14:47 | Tópico: Sonetos

INSÍDIA

Habita o coração uma agonia amarga
Que vem como punhal insidioso, agudo
Sangrando as emoções, despedaçando tudo
Despenca sobre mim insuportável carga!

Aos olhos falta luz, o desalento embarga
Lamúrias não têm voz, o meu protesto é mudo
Neste silêncio há dor e mesmo assim me iludo
Reminiscências são como uma trilha larga

Sofrido sonhador os pedregais palmilho
Choroso, firo os pés nesta jornada inglória
Amor, buscando a ti, encarno um andarilho

Penoso, aterrador suplício... Sigo, escória
Saudade me conduz e não me desvencilho
Do que me faz lembrar da nossa linda história


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