Autographya
Data 01/09/2017 15:28:50 | Tópico: Poemas
| Autographya
Actografia
Creio no universo como um homem vulgar, Não tenho filosofia que me defina, Nem lugar em que gostasse de falecer, Não consinto a vida, assimilo-a como a morfina,
Recolho-a nos campos e onde me deixam colher. Acervo, incorporo tal-qual cobra, a peçonha, Hasteio-a na haste mais fina que houver, Enquanto flor do estio, fonte do sol, neblina,
Embora possua um instinto próprio de mulher É o corpo e não a frágil alma destas que me fascina, Autista no que exijo e existo sem o que conheço eu entender, Como se tudo fosse uma farsa da negação minha,
Disposta a tudo e ao que deus quiser, se isso doer, O sol-pôr é um analgésico, uma agonia Celestina, Com ele me uno a disciplina de desaprender, E as inocentes crenças do virar das'quina,
Verdades transitórias e de aluguer... Porque, como disse, não faço uso da inteligência divina, (limito-me à opinião por estabelecer) Tenho a demência, como estranha e inexplicativa vizinha,
Profundamente hipócrita na sua naturalidade e ilusão de freelancer. Estou cansado de ser forçado a querer, Mas não creio no universo que me dizem existir, Já que a máquina de mentir, fui eu que a montei.
Creio no universo como um homem vulgar, Não tenho filosofia que me defina, Nem lugar em que gostasse de falecer, Serei realmente d'sta gente ...
Joel Matos (02/2011) http://namastibetpoems.blogspot.com
|
|