Nada sou...
Data 18/10/2017 19:36:36 | Tópico: Poemas
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Nada sou, persigo uma inexplicada ilusão, Renuncio sem razão e breve, qual ermita, Abraço um desconhecido qualquer, Apenas porque me cumprimenta,
Sem que o toque sequer, sou nada Embora traga uma face no espelho E um universo real em mim quando Nada mereço, nada tenho senão mil
E um explicitáveis desespero do tamanho Das sensações que divido comigo mesmo Numa inexplicada ilusão que me faz lembrar Ilhas distantes, moradas de príncipes deuses vivos,
Nada sou, simulo paixões que não foram E circunstancias de enredo já gastas Como as putas velhas da praça que se dão De graça, nada sou, pombo morto, ponto morto
E se ainda me convenço pedindo simpatia, É porque nos arredores da cara ao espelho Já não sou eu que me vejo, mas o silencio A dar-me a mão puxando pro lado,
Em que não me veja ...
Jorge Santos (10/2017) http://namastibetpoems.blogspot.com
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