VOZ DO SILÊNCIO

Data 09/09/2017 21:32:02 | Tópico: Sonetos

O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos

No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera

É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos

Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano


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