Cotovia
Data 12/09/2017 16:52:48 | Tópico: Poemas
| Quando a caneta assume o controle da mão Nos permitimos seguir por caminhos sem destino Pela aventura de levitar por veredas em textos e poesias Essas que nos levam a cruzar as noites e renascer nos dias
E vamos de braços dados às canções e versos Que vivem numa interseção de realidades e desejos Já não se sabe o que é de lá ou de cá onde se está Menos ainda o nome destas que parecem verdades
A lua torna-se porta retrato de uma face Horas vestindo-se de sorrisos momentos de lágrimas Não importa se existe um rosto ou não porque Aquele momento é real ele tem sentimentos
Ele tem luz e seduz nossas paixões E se esconde em garrafas d’água Esvaziadas pela sede de um desejo Aguarda ao sereno ser apenas recolhido
Por vezes a vontade de escrever Outras a ânsia do insano de que aquilo Nos fosse um dia dito ou feito em nosso nome
Por tanto tempo fiquei na praia Quis ficar cavei tuneis e enterrei meus pés Mas agora no meio do oceano Percebo onde é o meu lugar
A correnteza irá querer me levar de volta Para a mesma praia ou qualquer outra Mas aqui no centro do azul não posso machucar Através das correntes quentes também corre um furacão
Deixo então essa noite tão acolhedora tão linda tão minha O escuro chamado inconsciência dos sonhos e marés Dos ventos que me suportam e que me falam diretamente Dos mundos que voam e que são cantados pela ave que assobia
Acordo dentro do segundo esquecido da manhã Passo a passo rumo ao encanto da realidade do hoje Talvez em algum desses abençoados dias será feita será composta Uma simples canção que leve meu nome no pio... ... de uma doce cotovia
Fiquem com Deus
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