espera o naufrágio

Data 03/10/2017 12:58:11 | Tópico: Poemas

À beira-rio
um rabelo flutua,
dá ares de que navega,
lá se entrega à margem nua;
num eterno arrepio, a boca larga atraca,
ataca o embarcadouro.
Douro abaixo, rio acima;
cadência de corpo, movido a vento
e alento
o lento.
Num leito arenoso,
profundo,
ao sabor da corrente
espera o naufrágio.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=328646