POESIA É SERIEDADE

Data 20/03/2008 13:19:15 | Tópico: Sonetos




Saindo das cenas bucólicas que entreter
serve a quem, mais nada lhe apoquenta
passemos pra aqueles que só sobreviver
podem, sejam restos do chão ou polenta

Pergunto-me como há pessoas que viver
nada lhes estorva esta gente, pardacenta
e passam por elas, com cínico e vil prazer
como se fossem alguma coisa ali nojenta

Eis, digam-me, como posso, com a poesia
olvidar, o que se passa no nosso dia-a-dia
brincando de rimas e de versos a entreter

Me martirizo, por não ter as forças aliadas
à minha poesia, aos meus versos, palavras
que esconjuro e o gesto fingindo escrever

Jorge Humberto
19/03/08


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=32891