Tempestade

Data 17/10/2017 17:29:05 | Tópico: Poemas



Tempestade

Na rocha o mar estrondeia,
Num contínuo fragor,
À solta o vento vagueia,
Tudo agita em redor.

Como na gávea o gajeiro
Entoo meu grito aflito
Perdido no nevoeiro
Do imenso espaço infinito.

Na procela sem remanso
Fico isolado de tudo,
Minha dor não tem descanso,
Meu grito abafado é mudo.

Adensa-se a tempestade,
É mais fundo o meu lamento,
Deixo à posteridade
Teu nome escrito no vento.


Juvenal Nunes



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