Terrível ferida

Data 23/10/2017 19:43:16 | Tópico: Poemas



Aberta ficou minh'alma
por tão terrível ferida,
aquela que já rasgou
o ritmo da minha vida.

A fogo ficam gravadas
saudades do velho lar,
banhadas de dor profunda,
banhadas pelo luar.

Vou percorrendo essas ruas
que outrora foram sustento
daquele canto d'aurora,
de tão divino elemento.

Sonho daqueles instantes
que inda não sabem morrer,
pranto salgado nos olhos,
esperando eles vier.

Miragens pelos desertos
daquilo que já morreu,
vibra nos ventos o ritmo
do que sonhei qu'era meu.

* * *

Abierta quedó mi alma,
sangrando su abierta herida,
aquella que hubo cegado
aquella luz tan querida.

A fuego quedan grabados
momentos del viejo hogar,
bañados de tanta angustia,
añorados con pesar.

Camino por esas calles
que otrora fueron sustento
del bello canto de aurora,
de tan divino elemento.

Sueño de aquellos instantes
que no se dejan morir,
llanto salado en los ojos
por quererlos revivir.

Espejismos del desierto,
de aquello que feneció,
vibra en los vientos el sueño
de lo el alma vivió.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=329331