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    	Data 21/03/2008 21:55:24 | Tópico: Poemas
 
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  Mente o candeeiro que acendi No centro do poema, sentes? Mente cada palavra que te escrevo E guardo para que a não queimes Com o ardor oculto que não sentes E não mentes, não Como não mente o tempo 
  Na miragem dos dias és o deserto Eu sou o lago a sede e o engano  Mente o meu corpo ao querer-te Tal como o pulsar das veias  Na árvore morta, mente
  Mente a luz que trespassa o horizonte E traz o mar em ondas afluentes Se escrevo vida em vez de morte Quero dizer amar-te Se há uma centelha que se acende Na pele oculta da palavra Apago um cigarro no teu peito Abro as cinzas do poeta Lanço ao vento a minha alma E escrevo-te
  Não digas nada, Gostava que existisses sempre Que não fosses na força da maré Sentes? A cor dos dias ainda se acende Tu mentes se dizes que não existes Eu minto se digo que estás presente Só mente quem arde em gelo E é miragem de si mesmo Fogo e silêncio Só mente, somente Apenas mente  Quem?  O desejo, sentes?
 
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