
Não são tantas
Data 16/11/2017 02:52:54 | Tópico: Poemas
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De onde vem os sonhos, não precisa responder, basta aceitá-los colocando um pouco de verdade, sem deixar a ilusão morrer.
Sem conflito, Tente libertar a primeira, esta que insiste em ficar, que sente uma tristeza de dar dó, sente saudade, Não se joga no mundo, sente medo, vontade de chorar, Chora se sentindo só.
A segunda é tão leve, tão feliz, Sai destemida, driblando os seus desertos, De tudo ela faz, até fantasia, para sentir de algum jeito o seu amor por perto. Atropela a espera, afronta o tempo, Corre louca, acha que para o amor, todas as horas são poucas e não desacredita na sua magia nem no seu encantamento.
A terceira, essa que por tudo brinca, sorri, ouve os pássaros, O canto de cada um deles, sabe distinguir, quando chega um, nas tardes, cantando estranho, de um jeito diferente, logo só de ouvido, ela sabe se é de alegria ou de dor, pois sente o que ela sente.
São três, mas, nenhuma se perde da outra, entre si, se orientam, equilibram-se, se entendem.
Com muito amor abraçam o caminho que lhes resta seguir, pois neste labirinto, existe um destino certo. Vão para o endereço onde mora o amor. Ah se conseguirão chegar! Chegando, abrirão todas as janelas, num só gesto irão cantar, dançar! Se uma, vai continuar à chorar, Nunca uma da outra poderá se separar, porque prevalecerá somente esta alma única, Que novas histórias, a cada novo dia, continuará à contar.
_ Liduina do Nascimento Imagem Luso Poemas
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