
A MORTE DOS SONHOS
Data 15/12/2017 18:23:52 | Tópico: Poemas -> Desilusão
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Já despi as utopias do meu eu quebradiço Já descalcei minhas esperanças Já borrei a pintura da aquarela Já desdenhei das tardes de mar e sol Já esqueci-me de me deslumbrar com a vida.
Sonhos são cristais que se estilhaçam Não há uma forma de remenda-los e se por acaso o fizer, jamais serão como antes. Despedaçaram-se meus sonhos Ei de cola-los novamente? Não ... Estão perdidos nas sendas do tempo! Numa certeza abismal de quem já não pode querer o riso Perplexidade ante o desdobrar de toda uma vivência Estupefação diante da conclusão de quem nunca sentiu o amor Apenas a sombra de sentimentos ambíguos Mascarados de carícias de mãos frias no rosto e toques sem calor nos cabelos amaranhados...
Não É tarde! É tarde demais para buscar imagens oníricas nas minhas noites Deixem que a penumbra se apodere do recinto úmido e que apenas o poema voe. ... O poema é livre prá sonhar Eu não.
Anna Corvo (Heterônimo de Elisa Salles) (15/12/2017)

Fonte da imagem: Pinterest
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