IMPIEDADE
Data 18/12/2017 20:16:23 | Tópico: Sonetos
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Amai-te tanto e com grandioso zelo... Com tamanha ternura dei-te o universo! Que por querer-te não aguei as flores Em terras infecundas, jazem meus versos.
Porque então, cruel, ofereceste-me a boca Para tão depressa negar-me teus beijos? Se não era para acalentar meus anseios Porque então, despertar em mim desejos?
Foste impiedoso com minha louca entrega Mostra-te-me o céu de luar e estrelas... Para depois abandonar-me à escuridão
Hoje versejo só melancolias e solidões... Em desalento canto tal qual o pobre uirapuru Mataste em mim os sonhos. Sou desolação!
Elisa Salles Direitos autorais reservados
Fonte da imagem: Pinterest
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