encontrei-te sempre nas noites mais frias a imprimir o fogo das salinas verdes

Data 27/01/2018 16:12:38 | Tópico: Poemas

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Todas
as noites com o sol no teu arco de coentros
agitamos o javali das nuvens sempre inclinadas.
E, muito perto, o mar não é senão uma toalha de
violinos. Uma toalha. E, verdade depois, é que
eu já subi. Já subi muito ao teu encontro, e não
sei as vezes. Não sei as vezes. E, sempre às
vezes, foram as marés os testículos próximos
dos cravos que conseguiram perceber as colchas
de jade sopradas pelo mar: as colchas que abri
a vida toda ao curvar deste táxi. Ao curvar.
E sempre ao curvar deste que vai muito para lá
da espuma que os sinos come
çam a pedir à tua
volta, Meu
amor




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