
A AGUIA E O VULCÃO
Data 29/01/2018 05:57:55 | Tópico: Poemas
| A ÁGUIA E O VULCÃO
Levo uma saudade danada, bem guardada Pendurada no ombro num velho embornal E sou mesmo muito inquieto e coisa e tal Talvez, um santo sem fé caindo do altar
Viajo nos cachos dos riachos, pra desinquietar as águas Lá praquelas bandas do forno de quitanda e água de mina Nas terras de Virgínia e da luz de lamparina, antes da usina E me invento no vento, te espero menina, só prá te abraçar
Sobrevoando seu corpo, como a águia o vulcão Que de tanto calor acaba não fazendo seu pouso E censuro vestidos longos e amores curtos, noturnos Tento me trocar por você, mesmo assim não te encontro
Prego tua luz no chão, tua imagem no meu coração, tua imagem Te amo antes da fé e com um dedo na luz, desenho você no céu Rasgando a luz, durmo com você na tua estrada, de sonho e nada E como você, sinto fome, não tenho pressa, sem essa, sigo estrada
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