As estradas fora d'alcance ...
Data 31/01/2018 17:29:05 | Tópico: Poemas
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As estradas fora d'alcance ao Homem,
Eu sou o oposto de tudo que é nítido, sonho déjà-vu, Que não procura factos verídicos no seu conteúdo, Desejo e Sonho a sequela do sonho que detesto, Sou aquele que procura semear em terra alheia A discórdia por deuses que não tiveram seguidores,
Sou o engaço de mim mesmo, margem de rio- -Meio. Sinto-me um contabilista ilógico E contar ouro, não sendo importante, A bem da verdade não conto, faltam-me números, E os axiomas que afirmo, meus não são
Mas d’outros, assim como a opinião, pouca Tenho, creio no que conheço por simpatia, Mas principalmente se tiver “patine” preta, E um pouco mais que eu, em altura ao peito, Flutuo sobre cidades e serras ao jeito de um mago.
Acima delas me inspiro ainda que poucos percebam O sentido que é imperceptível a olho nu, o buraco Da agulha e o palheiro, não existiriam fábulas Sem mim, nem lugar pra Aleister Crowley no cais Dos Infernos. O paradoxo é um sufismo com 4 vias,
Todas elas escolhas adequadas, explicam a criação Do bem e do mal, do real e do sonhado, do mistério Ancestral dos anjos terem asas nas costas e voarem E os homens pés, meias e botas que prendem ao chão Cientes das estrelas se acharem eternamente no céu,
Fora d’alcance ao Homem, não às gaivotas do mar Pra quem as estrelas são estrada e o temporal casa...
Joel Matos (02/2018) http://joel-matos.blogspot.com
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