ARIDEZ

Data 02/02/2018 08:54:21 | Tópico: Sonetos

ARIDEZ

Como ouvisse trovão e não visse raio,
No claro céu dos longes dos sertões.
Assim também os secos corações
Qual chão esturricado ao sol de maio...

Incoerências à parte, de soslaio,
Surpreendo redemunhos d'emoções
Varrendo as desoladas amplidões,
Onde antes todo o campo verde gaio.

Brilhante, o contraforte do penedo
Reluz igual matéria incandescente
Àquela claridade onipresente.

De facto um novo sol cada rochedo,
Espelhando-se a pino no meio-dia
Por sobre terra tórrida e vazia.

Mantena - 30 05 2017


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