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 Introspectiva IData 02/02/2018 13:44:35 | Tópico: Poemas
 
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 O conjunto abstrato das definições de quem sou eu.
 O corpo é meu único atestado.
 Atestado pleno de vida.
 Biomedicinal. Essa verdade corpo.
 O plano material para onde os olhos da mente se dirigem para ver e crer o que é e o que parece ser quem sou.
 Eu me vejo corpo vivo ao longe, com os olhos da consciência.
 Mas ele é mais que a visão de si mesmo, pensa a minha consciência, sobre o objeto visto. Tão próximo de identificar temporoespacialmente quem sou.
 Então, a consciência pensa. Busca na garganta da mente palavras para explicar melhor a coisa à vista.
 Eu acredito. Ele acredita, diz a consciência com a garganta profundamente inflamada.
 Mas são muitas consciências fora do meu corpo-verdade.
 Outros corpos, outras verdades.
 Muitos deles conscientes de que já me decifram.
 Diriam: ele é assim, assado. E eu ficaria perplexo porque não saberia dizer se sim ou se não.
 Os ouvidos de dentro ouvindo as verdades alheias.
 São verdades sinceras como os grãos de areia?
 Eu sou poeira.
 
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