Em parte, confesso-me !
Data 11/02/2018 20:13:52 | Tópico: Poemas
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Confesso-me contínuo do espaço, Tudo que faço, fazia dantes, As pontes passam e eu sem Mudar d'sítio qu'me sento, qu'faço Do rio que passa por debaixo, -Pedra, papel ou tesoura-
Pobre d'mim, supondo-me ponte... Confesso à margem "leste" optar Por esta, mais jovem que a Outra, longínqua me parece, Descontínuo é o rio que m'atravessa, Normalmente caminho sobre ele,
Tudo que faço, fazia dantes, Continuo alternando o que me Define, erro é não reconhecer O que me impele que atravesse, O motivo, tão somente porque Da ponte não passo, ela por mim sim,
Tempo é, de voltar a ser rio, Cingindo-me às margens onde minhas Mãos germinam, em espaços e rochedos Contíguos à dor, ao sofrimento, Conforto-me na tristeza, amo Tanto quanto odeio a matéria de que faço
Parte, confesso-me feliz com o pôr-do-sol E triste como um entardecer, Continuo a regular-me plo visível e o que me Explica cultivo debaixo de "totens" e pontes, Tudo que faço, fazia dantes em parte, Confesso-me ...
Jorge Santos(02/2018) http://namastibetpoems.blogspot.com
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