
Nunca esqueci seu amor
Data 15/02/2018 10:18:24 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Nunca entre tantas vozes vieste me ver. Entre letras e suspiros, fui eu quem desejou te ter. Você me iludiu com o gole de cachaça que respingou em minha camisola. Bebeu meus sonhos, e foi tão cedo embora. Amei os poemas, os livros e nem me dei conta, da realidade de sua vida mesquinha e egoísta de paisagem paulista... Jamais serei a estátua de Nossa Senhora da Aparecida, em pé, imóvel e distante. Teremos os risos e nos caminhos das madrugadas de jornalistas, nem comerei a pizza de tomates secos e rúculas da rua Augusta. Você mostrou a bandeira de Portugal na embaixada Ouvimos os cantos gregorianos na Igreja de São Bento e sussurros dos mendigos nas calçadas. Vivi todos poetas modernos e contemporâneos mas me lembrou os poetas desiludidos e esmagados pelas doenças de pulmão, fuma tantos cigarros ao dia, que nem me cabia em sua mão. Fico eu e Cristina César a olhar de longe. Poeta de ilusão. Foi sem despedidas, cobrarei no céu e alcançarei todas as estrelas já cobertas por ti. Amo a entrelinha que justificou toda essa experiência inexistente. Amor, amar você sem nunca saber de ti.
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