DOS DESTERRADOS

Data 24/02/2018 22:02:48 | Tópico: Poemas


Vinham naquela balsa sangrando os mares
No colo do pau de arara de tristezas alegres
Nos pés de um corpo curtido pela vida e suas preces
Levam na mala quase nada e na alma um caminhão de saudades
Deixam seus mortos pelo caminho aos cuidados de abutres, ao sabor das marés ...
Deixam seus sonhos como utopia de uma existência, sem presente
As bombas, os ditadores, o clima seguem ditando as dores de um mundo sem cores
Serão recebidos onde aportarem como pragas e hereges.
Nunca perdem o desejo do retorno quando os tempos ganharem doces cores.


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