LIVRÍSSIMO

Data 21/03/2018 01:44:59 | Tópico: Poemas

LIVRÍSSIMO

Eu no livro me livro do que ignoro,
E me transporto após para além-mim...
Tudo que era verdade -- não e sim --
Ora soa como um vago desaforo.

Não importa se escrito ao riso ou choro,
Letra a letra me leva para o fim;
Aonde o olhar avança ainda assim
A perder-se nos vãos que rememoro.

Porque no livro tomo a liberdade
De ser quem nunca fui (jamais serei!...);
Seja eu herói, vilão, guerreiro ou rei...

Se em sua fantasia outra verdade,
Que já da realidade me desperta
E, para o bem e o mal, a mim liberta.

Belo Horizonte - 20 03 2018


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