
A MORTE NOSSA DE CADA DIA
Data 09/04/2018 05:32:55 | Tópico: Poemas
| " Muito demora a vida até se aprender a morrer." Citando, Mpiper SalomonConstantin
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A MORTE NOSSA DE CADA DIA Vera Salviano
A cada dia se morre aos poucos. E em cada pouco, menos somos. Diante do muito que fomos... Entre o céu e o inferno Nos perdemos. Diante das contradições A que se nos apresenta a vida. Vida que também se faz morte. Quando nos é negado Ou imposto. O que alimenta o corpo E sacia a alma. E nesse morrer diário Rolamos na cama Em rotos brancos lençóis. Fingimos dormir o sono Que afronta Nossos mais sutis pesadelos... Que nada mais é Que nossos sonhos Camuflados... Não realizados... Haverá o dia Em que tudo será O que deva ser. O pó da estrada. Essa estrada... Que de tão curva Talvez não nos leve A lugar nenhum. Quiçá à uma nova terra Onde o amor floresça. Que da relva rastejante E entre ingremes pedras Lascadas, enlodadas. Germine a flor. Flor da semente Que não sucumbiu... E acreditou... Sempre haverá um novo céu E uma nova terra Onde o que não corrompeu Se refaz e se faz... De novo e de novo! Eis o homem liberto. Eis a "Flor do Lácio" Inculta e bela. O renascer das cinzas No vôo mais alto da Águia. Assim foi. Assim é. E será. Sempre!
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