A TULIPA NEGRA

Data 27/03/2008 01:45:24 | Tópico: Sonetos

Num jardim de áspero sentimento
Jaz a flor em nígero manto.
Morta sem lume, virgem sem encanto,
Dos tormentos vorazes dos ressentimentos.

Maquiada pelo fel dos labirintos
Cospe amores, da boca, seus quebrantos...
Enfeitiça de ardores, por seu canto
É a flor que vestida nos instintos...

Proferindo sabores noutros nichos
Tem o ímã fatal dos que despejam
Os amores, que atrai com pó sucinto...

E do pólen que escorre do seu leito
Ela esbanja malícia em terno beijo
Com requintes de paixão, quem a viola!

(Ledalge,2008)


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