(Meu lar é uma taberna)
Data 10/04/2018 14:51:40 | Tópico: Poemas
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Qualquer brisa de ar me serve, Mas balouçar no trigo o olhar, Minh'alma não consegue, Nem este obedece ao qu'digo,
O mistério são as fontes, E o que penso a sós comigo, Sopra-as "Ítalo", o vento grosso Ou a sombra rente ao chão,
Minha catedral é uma Caverna escura, loucura A crença que nem a religião Daquela forma suspensa,
Sem vestes me veste, largo Um coração que trago, Amargo, amarrado junto Ao crâneo que não é mágico
Quanto o de "Shakespeare", Evoco um Rei deposto oculto, Certo que voltarei um outro Rosto, aposto à luz ou ao luar,
Qualquer brisa breve serve, Meu sonhar amarelo-pálido Trigo, leve minh'alma sofre Um sofrer que não vem só,
Mas obedece ao castigo divino, Assim seara ceifada a foice, Como fosse erva da mina, Ou de uma velha seca fonte.
(Meu lar é uma taberna)
Jorge Santos (04/2018) http://namastibetpoems.blogspot.com
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