
Pânico
Data 23/04/2018 12:19:45 | Tópico: Poemas
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Pânico
de repente a perspectiva some aquela linha tão fina, tão delineada pendura-se como um varal caído os olhos arregalam-se um arrepio se faz sentir na raiz dos cabelos é como estar nua em uma noite fria no meio de uma avenida desviando-se dos carros (nada mais que pensamentos) depois os passos endurecidos a visão do nada, num horizonte cinza aquele medo irracional que se alastra como fogo vivo em uma poça de álcool e sobe sem controle queimando a pele dos sentidos o frio da gélido da alma, em puro contraste tenta desesperadamente apagar o labaredas do pânico que crescem...crescem... gigantescas o suor frio a molhar a testa e em fração de segundos...uma visão trincada no espelho horrendo do futuro uma verdadeira catástrofe da alma e neste exato momento (mais parece uma vida) ninguém pode nos socorrer tudo depende de nós a quase impossível capacidade de sair desse corredor escuro com esse sufoco na garganta com aquele velho gosto na boca de palha seca
*Mary Fioratti*
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