
A Casa da árvore
Data 20/06/2018 17:34:35 | Tópico: Poemas
| De nada nos é estranho na casa das estrelas é o experimentar do sentir a emoção feito n'uma moldura de um quadro pintado á óleo de mil anos.
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Faz frio e o calor de nossas vozes condensa condensa o ar silenciando nossas bocas a meio um vinho antigo que primeiro sentimos o aroma... depois o sabor... ...depois degustamos caldalosamente o seu néctar a cada gota de orvalho deixado pela saudade contida no olhar...
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A visão é um perfeito abecedário da abstração do que somos no etéreo exposto pela percepção límpida da poesia de certo estamos na morada do inconsciente escrita no letral d'onde o vento sopra a favor do tempo o vão do pensar capturado em atemporais momentos... Há motivos de sobra pois somos imagens em forma de sentimentos.
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O palco são estrelas que pisamos com nossos pés iluminando caminhos por onde divagamos nossos corpos cintilantes vivificando cada página folheando as memórias vividas cheias de nobres sentimentos. Somos um querer que ainda pode??? Somos ligações entre tempos abruptos (realidade) e as sementes que eclodem e germinam na floresta amorosamente pelo cio dos microrganismos exalando cheiro de terra molhada.
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Que na imensidade desse lugar algum desenha sonhos de vida na vida ainda desfocada e vezes ofuscada pelo reflexo do grande espelho sigamos estando afinando cada instrumento para que haja plenitude integrada do som e tom perfeitos ao ouvir a musicalidade do universo em uníssono nos ecos de nossas almas.
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subindo "o pequeno morro que assemelha a uma árvore petrificada com escadarias também de pedra que ao chegar ao topo... ao subir a vejo simples, e majestosa grande é a sua estrutura. É uma gigantesca casa da árvore..." ...
Sentimo-nos n'um grande colo acolhedor no lar perfeito se completando e contemplando a mais divina luz da poesia e amor vestida de ternura e imensa saudade. Quando nossos olhos avistarem outros mundos e exigirem a troca de pele estaremos numa unívoca oração??? ou seremos espaços entre as estrelas??? Ou seremos pares de asas prontas para voar pela imensidade sentindo a brisa suave tocando nossos rostos feito o beijo dado no SIlêncio??? De uma coisa tenhamos certeza que em nosso lar consagrado não há dor que sobreviva a tanto amor... inda que arfe a saudade rasgando o peito de Poesia...
Ray Nascimento
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