"Semper aeternum"

Data 27/06/2018 18:04:17 | Tópico: Poemas




"Semper aeternum"

É tão difícil encontrar alguém que acredite quando se diz que se ama visceralmente ou que se entende cada cor e cada pincelada na pintura exótica e extravagante de Paula Rego, o mesmo da água tónica sem limão nem gelo, quanto da voz rouca dum Tom Waits tão ofegante quanto bêbado, diz ele que atrai mosquitos pois estes são atraídos pelo azul dos seus “blues”e não p’los olhos "marron", assim como os camelos pela água, ele por old whisky mesmo estando podre e estagnada a água dos dromedários do chá verde e amarelo, assim como as areias do deserto se movem as mulas do “far-west” americano são fascinadas pela voz improvavelmente bela do cantor de blues.
Quem gosta de ser interrompido pelos filhos entrando no quarto quando faz sexo, surpreendido pela voz do parceiro ou da parceira na cozinha, “não faças assim o cozido, faz deste ou d'outro modo”, é tão difícil que alguém acredite que se gosta do sabor amargo da cerveja assim como do “brain freezing” quando se bebe uma soda “super-gelada” habitual nos “franchisings” do costume ou da gasosa com soda ou o blody mary a meio de um meeting de veggies ou sobre alterações climatéricas num dia de verão extremamente frio ou à luz da vela, numa tropical noite de“banana moon” a beber champanhe na cachaça, ambas juntas a flutuar com raspas de lima verde e sabor a hortelã-pimenta.
Há quem acredite que os Americanos foram à lua ou que os futebolistas lutam pelas cores das bandeiras nacionais nos mundiais de futebol, na copa do mundo como dizem os brasileiros; que a Terra é plana é um exemplo da pouca fé humana na ciência ou que a lua é verde quando não estamos a olhar ou quando a vemos sem “a ver”.
Eu falo para as árvores, que estas ouçam não sei, (I Talk To The Trees) acredito que sim, é uma atitude que me percorre desde a raiz do cabelo até ao acabar dos dedos um a um e todos, o mindinho.
É tão difícil encontrar alguém perfeito? Não creio; tal como não acreditava vir a gostar de Tom Waits, receio, sinto e sei de uma estranha mágoa dentro de mim, parecida a uma pequena "ervilha de cheiro" ou será apenas melancolia de passageiro que se diz apaixonado pelo caminho sem o ter feito, como se fosse uma doença incurável ou um contratempo encontrar-me eu comigo e a sós, "semper aeternum", comum e imperfeito,“Finale”. Não creio num armistício, cansei-de lutar viúvo contra baleias brancas e ao vivo.







Joel matos 06/2018
http://joel-matos.blogspot.com


…Oh, animal
Sou um insurgente do ...alho e é urgente que alargue meu pé esquerdo para dar certo e forte no corno direito dum Ídolo teu e no teu olho prenhe, o tal com duas letrinhas pouco cultas, com que preenches tomos e tomos de raquíticas afirmações, inflamadas de juízos finais, quer dizer, palermices, tal como o que Neymar produziu (ou não fez) na baliza nem no rabo do adversário, que perdeu de encontrar no meio dum pantanal Russo em 2018, (também no Barça não deu certo) não me atirarei desta vez para o chão quer fazendo birra, nem a rir descaradamente (talvez no vosso clube de stripper seja parte do espectáculo) nem a toalha da paz arrastarei, tal como num ring de box ou liça de luta livre; mas tu olha, não defendas animais, nem estrebuches, quando te matar como se fez aos Portuguezes de 1300, em Fez, perante as hostes dos Caifás (não de forma figurada mas com lança de fogo e ferro e à cornada) te matarei na tua própria arena, não me alcunhes de animal, livra-te disso, e o outra ou outros também, pois falo nos diagonais à tua índole que nem merecem a nobreza do estoque, não somos bodes expiatórios para os vossos excrementos neo nazis e as vossas gamelas suásticas, não são tão limpas quanto as nossas, fabricadas por mui-nobres partisans, claro que nem quando vocês abrilhantam e se envernizam com as sílabas da ladainha de defensores da perversão, do bem-estar social, quando estão-tão e tanto, totalmente inquinadas, inquinados das mais rudes maldições, pervertida a vossa água e ração, fede a podre e isto é transversal a dois ou três por aqui, felizmente ou infelizmente, porque um já seria superpopulação e demasiada promiscuidade para a minha cútis admirável, impecável e sempre limpa apesar de a tentarem conspurcar com toda a vossa (boa) maldade, desculpem queria dizer M…., sem troça, dou de graça as mais lerdas proposições, embora seja meu propósito ofender severa e punitivamente a quem e não oferecer algum apimentado ósculo a ambos os três, não em grupo porque como se diz em bom português, “não papo grupos”.
É de bom grado até, que traço uma diagonal nas vossas execrações pouco definidas, simplórias, sinto que seja por falta de bom mestre, pois nem afinadas são, nem refinadas como deveriam ser, digo educadas, polidas quanto as minhas, como disse, traço uma diagonal e outra em sentido contrário, inverso- se me subentendo- pois em termos de mnemónica sei que não estou pronunciando da forma heptástica, que me serve de apanágio, não troço como inda’gora, agora prefiro sofismas azedos, aziagos como vocês pronunciam falam e dizem da boca pra fora, fazendo garbo nas vossas opiniosas guelras, duma pronuncia de tal forma singular e tão bela quanto o vosso Português brasileiro (bem hajam) que é tão só poesia pura, sem necessidade de recursos, como nós outros, Euro espezinhados, pacíficos Portugas.
Pois eu sei que nem discurso para pessoas inteligentes, vocês dois ou três, que aqui estão e estarão sempre e certamente que não são os mais indulgentes ou fluentes deste mundo, nem lá perto/ longe andam vossas enxovalhadas, monossilábicas, monofónicas paráfrases, hepáticas metástases.
Redigir uma epístola a S. Macário é todavia menos eficiente e oportuno, do ponto de vista litúrgico do que aos peixes segundo Neptuno ou um santo homem de nome António em Itálico ou um S. Patrício trevo-verde-trevo, daltónico, dicotómico, causa de invicta e salutar, saudável discórdia apesar das baixas de um e outro lado se somarem por milhares, além dos órfãos e viúvas e nem só no reino dos Anglos anões Saxónicos.
Já agora, Viva a Sérvia, três vivas à Servia e a Belgrado …Montenegro, abaixo a França, viva Asterix.
Preocupa-me o sobreaquecimento global, assim como o esquecimento em que cairei sem dúvida, num futuro próximo, mas sei que nenhum de vocês será lembrado, nem ontem nem amanhã pela Grei, como porta-estandartes ou arautos de elevadas competências nobilisticas, também não sei porque estou usando os meus eximes predicados, praticando fonéticas de funâmbulos, contra prevaricadores sociais, psicóticos de manada, ambos ou em triplo. Sou um insurgente do C….alho, um criminoso quiçá, não me defendo modicamente, não sou económico do que digo, é certo, mas ergo o meu dedo alfarrábio espumando pela boca do degredo, esperando ás duas por três , não perder o controle, mas posso-vos dizer, embora em segredo -(sois uns filhos da pauta) …tenho dito.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=337197