*Senhor dos corvos *

Data 05/07/2018 08:52:06 | Tópico: Poemas -> Minimalistas

Senhor dos corvos das letras de um louco
Que já não encontra a felicidade sentado à janela
Do seu quarto, as coisas parecem vazias sem cores
Uma névoa encobre tudo, são os olhos embaçados
Não pelo choro, mas por proteção de não achar
Tudo que está ao seu redor, tem todo o tempo
Que precisa, mas não tem mais, os sonhos que eram
Tão preciosos, ele gostaria de pedir à vida um tempo
De amor, de esperança sem condenação, mas apenas
Ouve os seus próprios suspiros dos seus lábios presos
Sem respirar profundamente, quer sentir a entrar no seu
Peito o amor de alguém que ao longe lhe despertou o
Seu sentir ofegante por um batimento de um amor
Ele é simplesmente o magnifico senhor dos corvos
Que sente que a vida, sem amor não é vida, nem para ele.


















O VELHO CORVO

Anda um velho corvo
Murmúrio do reflexo
De algo que desconheço
Na escuridão, coisa sem nexo
Frutos podres envenenados
Que não sendo parecem
Corpos mal formados
Para repousar no destino
Mas que logo esqueço
No especular anseio ao precipício
Pelo que perplexo a sete palmos
Tudo isso que não reconheço
Como se a vida fosse um anexo
De uma existência que não mereço
Que não conheço, desconheço suplicando
Nas árvores que sangram agonizando
Na mente de cada um
Que avistam o velho corvo.
































VOAM OS CORVOS

Voam os corvos ao teu redor
Sentem o aroma da dor
Da morte, da escuridão
Voam os corvos perdidos no tempo
Intriguistas, mesquinhos
Senhores do mundo
Ladrões de sonhos, de ilusões
Esquecidas sentidas na serra tão longe
De quem quer achar que os feitiços são reais
Não passam de tristes momentos de solidão e mágoa
Voam os corvos, pelos montes
E serras do nosso querido Portugal.

Há dias que me sinto um corvo
sem alma ou coração
❤️
Isabel Morais Ribeiro Fonseca



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