Mão que não enterra o machado

Data 20/07/2018 11:33:02 | Tópico: Poemas


Este machado inda sibila, aqui,
E no leste,
Onde nascem os ventos
Prenhes de ciúme.

Se o seu machado enterrar,
Seu corpo pagará sua culpa
No ulular do vento
Que sopra dos olhos d’ódio

E será tão tarde, tão tarde demais,
Assis já não estará aqui
Nem eu, nem ninguém

Senão você, seu machado enterrado,
A dor, sofrimento e solidão
Que o machado em punho lhe trará do leste

Adelino Gomes-nhaca



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