
O Coração Do Poeta
Data 12/08/2018 01:55:04 | Tópico: Poemas
| Na paz dedilhada do aconchego Onde repousa um trôpego pássaro Que, de vez, foi expulso do Parnaso No primeiro ato de um deus grego.
Da mesma forma ocorreu ao palhaço Que não trazia no semblante seu riso Assim sendo descolorido ficou o circo E não nasceram flores nos campos de aço.
E os rios caudalosos se tornaram perenes As manhãs não foram beijadas pelo solar lume A passarada, tristonha, em harmonias solenes, Deixaram ao relento seus rebentos implumes.
Os eflúvios das rosas perderam seus perfumes O orvalho pela relva se dissipou na madrugada E o coração do poeta que nunca acha pousada Lambe as feridas em outras plagas... como de costume.
|
|