ABAIXO OS CAPATAZES

Data 31/03/2008 12:16:11 | Tópico: Sonetos




Não há como fugir às minhas responsabilidades
de poeta que escreve para o povo só e alienado
Escrever é um acto de entrega às sensibilidades
mais puras, que ouvem o que lhes é ensinado…

Assim escrevendo sem quaisquer amabilidades
urdi mil estradas, e propus caminhos, olvidados
pois a miséria colhe discernimentos e vontades
ao homem que ganha uns míseros desgraçados

Todo o dia, na metalúrgica, ou nas construções
arriscando suas próprias vidas, não se queixam
da grilheta ferindo-lhes a carne e putrefacções

Mas as coisas, não têm de ser assim, ofertadas
de mão beijada aos patrões, se tiram e deixam
mais difíceis se tornam aqui as vossas jornadas

Jorge Humberto
30/03/08



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=33861