Quando eu, poema

Data 15/09/2018 15:39:10 | Tópico: Poemas

Entrelacei os finos fios.
Descortinei portas e janelas.
Retorci contornos nas arandelas
Parodiando serpenteios dos rios.

Com as mãos fiz pequenos ninhos
Onde depositei as tardias esperanças.
Imitei os trejeitos dos índios, as danças
Das crianças que encontrei pelos caminhos.

Tatuei um coração no meu coraçãozinho
O teu nome escrevi em letras garrafais.
Depositei os versos que criei lá atrás
Quando eu caminhava lépido e sozinho.

Me fiz cantor, ator, soldado e soldador
Dormi ao relento, suei quando tinha frio
Comerciei com amigos, fiz trovas de amor,
Fiz trocas e favor quando eu, Poema, amava no... Cio!

Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=339145